Sinais de Alarme

Um diagnóstico seguro de Autismo é geralmente feito pelos 3 anos de idade. Aos 18 meses é já possível detectar nestas crianças um conjunto de características, cuja presença é um indicador bastante seguro de perturbação autista. Cada pessoa com autismo tem a sua própria personalidade, sendo um indivíduo único. As pessoas com autismo não constituem necessariamente um estereótipo, podendo revelarem-se muito diferentes umas das outras.

Etapas de desenvolvimento e sinais de alarme: 

Do nascimento aos 3 meses:
- não fixar nem seguir com o olhar um objecto;
- sobressaltar-se ao menor ruído;
- não sorrir ou chorar quando se lhe toca;
- não manifestar interesse em ser pegado ao colo;
- ausência de comportamento de ligação e choro persistente ou ausência de choro.

Dos 3 aos 6 meses:
- não reagir a sons;
- desinteresse pelo ambiente;
- não manifestar desejo de ser pegado ao colo;
- apatia;
- ausência de comportamento de ligação;
- apresentar hiper ou hipotonia;
- não responder com um sorriso do outro; não manifestar medo de estranhos;
- não olhar para a mãe quando está a mamar.

Dos 6 aos 9 meses:
- mantém-se sentado e imóvel sem mudar de posição;
- não reagir a sons (surdez aparente);
- vocalizar de forma monótona ou não vocaliza;
- não imitar;
- apático;
- parece mais satisfeito se deixado só e mantendo o ambiente inalterado;
- mantém posturas assimétricas.

Dos 9 aos 12 meses:
- escolher sempre o mesmo brinquedo;
- não responder a sons; desinteresse pelo ambiente;
- vocalizações pobres ou inexistentes;
- movimentos estereotipados (balanceio do corpo, abanar a cabeça, posições bizarras não usuais noutras crianças) - nem sempre presentes:
- não responder ao sorriso dos outros;
- fraca coordenação motora.

Dos 12 aos 18 meses:
- babar-se, levar tudo à boca ou atirar tudo ao chão;
- não responder quando o chamam pelo nome;
- lalação repetitiva;
- isolamento;
- não se interessar pelo ambiente;
- ausência de jogos de imitação;
- ausência do jogo do faz de conta;
- ausência da atenção partilhada (não chama a atenção do outro para objectos ou acontecimentos, não vai mostrar um brinquedo);
- podem apontar para pedir (ou levam a mão do adulto ao que desejam), mas não apontam para mostrar;
- problemas de alimentação (por exemplo, rejeição aos sólidos, rejeição a alimentos específicos).

Dos 18 meses aos 2 anos:
- deitar os objectos para o chão;
- parecer não compreender o que se lhe diz;
- não se interessar pelo que o rodeia;
- não imitar;
- atraso ou ausência de linguagem;
- resistência à alteração das rotinas.

Dos 2 aos 3 anos:
- vocalizações pobres, ecolália(repetição de palavras ou frases);
- ausência de vocalizações;
- isolamento e resistência a mudanças;
- persistência em rotinas muito definidas;
- ignorar a presença do outro, focando-se apenas nos seus interesses;
- nem sempre compreender o que lhe é pedido.

Dos 3 aos 4 anos:
- desinteresse por ambientes novos e mudanças das rotinas;
- ecolália (repete palavras descontextualizadas);
- movimentos estereotipados;
- demonstrar interesse por objectos/temas invulgares.

Dos 4 aos 5 anos:
- linguagem incompreensível;
- problemas de comportamento, hiperactividade;
- dificuldade de concentração;
- ausência de jogo de grupo;
- contacto visual pobre ou sem intenção comunicativa;
- interesses restritos;
- descoordenação motora.

Dos 5 aos 6 anos:
Também nesta fase os sinais de alarme se repetem um pouco. Todos os sinais de alarme anteriores podem ser também aqui indicadores de autismo. Desta forma dificuldades de linguagem (compreensiva e/ou expressiva), movimentos estereotipados, problemas de concentração, problemas comportamentais e resistência á mudança podem ser sinais de alerta.

Contudo, todos estes sinais são meros indicadores. É indispensável a avaliação por uma equipa especializada para um diagnóstico rigoroso.

Fonte: http://www.ama-autismo.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=71&Itemid=127

Resultados dos Inquéritos

      Durante o 1º e 2º Período, o nosso grupo distribui um Inquérito algumas turmas da nosso escola., de forma a avaliar o grau de conhecimento da comunidade escolar a acerca da temática do autismo.

Inquérito:

 


















 Resultados do Inquérito:













Seguem-se algumas respostas, que consideramos interessantes, às questões de resposta aberta:

    - O que é o Autismo?


“É uma doença em que as pessoas têm uma capacidade muito desenvolvida para uma dada área mas em termos sociais não se conseguem adaptar.”
 "É uma doença do foro psicológico que pode atingir vários graus, sendo que no menos o doente pode levar uma vida normal e nos maior há uma completa alienação da realidade.”
      - Achas-te preparado para lidar com alguém com este transtonro? De que modo reagirias?
“Acho que não conseguiria lidar com alguém, pelo menos sozinha. Já li casos em que os pais chegam à exaustão, principalmente quando não aceitam a doença dos filhos.”
“Depende um bocado do nível de autismo da criança. É possível lidar facilmente com crianças que tenham formas de autismo ligeiras mas não me sinto preparada para lidar com autistas profundos.”
 
 

AUTISMO & PINTURA

Abaixo apresentamos alguns desenhos feitos por Autistas, estas obras são bastantes sugestivas e revelam um pouco da perspectiva que o Autista tem do mundo.
                                        



















Fonte:http://www.arteautismo.com/1017.html

Como reconhecer os sinas precoces de Autismo?

AUTISMO & TELEVISÃO

    Recomendámos....

      A TVI estreou recentemente uma mini-série nacional intitulada 37, da autoria do argumentista Rui Vilhena. Esta mini-série aborda a temática do autismo, sendo um dos cenários um Polo de Investigação de Autismo. No enredo deste Thriller está englobada a história de Lucas (Duarte Figueiredo) um autista que assiste a um homicídio e que vai reflectir a experiência traumatizante nos seus comportamentos e de David (Luís Simões), um autista que sofre com alterações na sua rotina, devido à ruptura do casamento dos pais.
      Sugerimos por isso que assistam a esta interessante série, o próximo episódio vai para o ar no próximo domingo à noite.

37

Autoria: Rui Vilhena
Coordenação de Projecto: Jorge Cardoso 
Protagonistas: Sofia Alves, Pedro Carmo, João Reis, Pedro Granger, Cucha Carvalheiro

Sinopse:

"Ana, uma professora universitária, aparece estrangulada nas escadarias da Faculdade de Medicina com uma capa estudantil a cobrir-lhe o corpo. A brutalidade do delito chama a atenção dos media, põe em alerta a polícia e deixa em choque o Pólo de Investigação (PI) da faculdade onde a vítima era colaboradora pontual. Crime passional? Ajuste de contas? Vingança? Inveja? Qual o móbil do crime? E qual o significado dos símbolos que o assassino fez questão de deixar marcados na vítima?

As suspeitas multiplicam-se e recaem em particular sobre a nova directora, Helena, uma neuropsiquiatra que regressa dos Estados Unidos, onde se especializou em casos de crianças com autismo, e que ingressou no PI exactamente no dia em que o primeiro crime é cometido. No início da investigação, Helena vai tornar-se suspeita devido à aproximação a Gonçalo, o noivo da vítima, também ele um dos suspeitos do crime.

A proximidade entre Helena e Gonçalo deixará o investigador Raul em alerta e as perguntas irão suceder-se umas às outras: Será que se conheceram antes do regresso de Helena a Portugal? Teriam mantido um caso em segredo que os levasse a matar Ana? Por outro lado o estrangulamento e a capa estudantil não seriam elementos mais próximos dos crimes habitualmente cometidos por psicopatas? Ou teriam sido apenas uma forma de iludir a polícia? No entanto, a suspeita da polícia será de certa forma deturpada por um sentimento que Raul é incapaz de controlar: a progressiva paixão que vai sentir por Helena. Na verdade, Helena-Raul-Gonçalo formarão um triângulo amoroso onde um dos lados será marcado pela cumplicidade (Helena e Gonçalo) e outro pela permanente tensão (Helena e Raul). Helena irá balançar entre os dois pólos, o racional e o irracional.

Entretanto, as suspeitas de que Gonçalo é o serial killer aumentam. Será que Raul, que nunca desistiu de conquistar Helena, conseguirá salvá-la? E se não for Gonçalo o assassino? Será que as desconfianças de Raul têm fundamento ou são apenas uma forma que o polícia encontrou de os separar? Na vida amorosa de Helena nem tudo é o que parece, cada passo, cada dúvida. Encurralado pelas suspeitas do investigador, Gonçalo vai acabar por fugir com a ajuda de Helena, o seu grande amor. Os dois vão tentar provar a sua “suposta” inocência. Como? Encontrando o verdadeiro assassino. Porém, tudo isto pode não passar de um estratagema de Gonçalo para enganar todos. Dizem que as grandes paixões são uma tragédia anunciada. Será este o destino de Helena?

No entanto, as investigações policiais vão sofrer uma reviravolta a partir do momento em que for cometido outro crime.

A vítima será novamente uma professora universitária que aparece estrangulada na faculdade com uma capa estudantil sobre o corpo, ou seja, um cenário idêntico ao do crime anterior. A tese do crime passional deixa assim de fazer sentido e a faculdade passa a ser um local onde impera o medo e o suspense.

A investigação entra assim numa fase determinante, com a polícia a juntar todas as informações recolhidas até ao momento, incluindo uma pista deixada no local pelo assassino. A partir daqui, tudo pode acontecer nesta história de amor e suspense…"
    Fonte: http://www.tvi.iol.pt/37/


AUTISMO & LITERATURA

     Recomendámos....

Mal-Entendidos
de Nuno Lobo Antunes
Da Hiperactividade ao Síndrome de Asperger.

Da Dislexia às Perturbações do Sono.
As respostas que procura.


Sinopse: 
"Para compreender uma criança temos de voltar ao país das memórias, reviver o que ficou para trás, habitar de novo medos de que nos esquecemos. Olhar com olhos de espanto, chamar filha a uma boneca, e replicar o milagre da criação dando-lhe voz. Para a compreender temos de voltar a pele do avesso, reduzir a dimensão do corpo na medida inversa em que cresce o sentimento. Cada criança é uma história por contar. Por vezes o Capuchinho Vermelho perde-se no bosque e não há beijo que resgate a Bela Adormecida.

Para muitas crianças a sua história pode não terminar bem, e não viverem felizes para sempre. Este livro destina-se a essas crianças e a quem delas cuida: Pais, Professores, Psicólogos ou Médicos, que querem que todas as histórias tenham um final feliz, e não deixam o Espelho Mágico dizer a nenhuma criança que há alguém mais belo do que ela."
Devem existir em Portugal cerca de 100.000 crianças com perturbações de desenvolvimento.
Nuno Lobo Antunes, In Introdução

Sintomas do Autismo